Ciro Gomes tem sua carreira política fundada na adaptação ao ambiente, no mimetismo partidário, nas atitudes políticas camaleônicas, isto tem lhe rendido cargos importantes: pelas mãos de Tasso Jereissati (PSDB) foi prefeito, governador e ministro; no PSB, aliado ao PT foi ministro; para alcançar seu intento tem mudado de partido como quem troca de camisa. Ao resolver seguir carreira solo, Ciro (Ferreira Gomes), fez novos experimentos partidários: PPS, PSB, PROS, e PDT. A medida que mudam de partido, os atuais ex-correligionarios, vão se desgarrando dos compromissos seminais com o cirismo, se afeiçoam as legendas as quais aderiram na última eleição, se adaptam à nova cor partidária e o cirismo vai se desbotando, ou quem sabe amofinando. Suas estratégias começam a se chocar com as reformas política atuais e com o métier das mídias sociais e das redes sociais, etc. Por outro lado, a dispersão de antigos colaboradores por diferentes siglas partidárias, os casos mais eloquentes: Camilo Santana, cirista, governador na legenda do PT, eleito com os votos dos Ferreira Gomes, como se posicionará com Lula candidato a presidente; o atual vice-prefeito de Fortaleza PSB, como fica se ocorrer uma coligação com o PT, em nível nacional; o deputado federal AJ Albuquerque, filho do deputado estadual Zezinho Albuquerque – PDT, ex-presidente da Assembleia Legislativa, amigo irmão de Ciro Gomes, mas o filho deputado federal, é o presidente estadual do PP, partido sob o controle do Senador Ciro Nogueira, atual ministro da Casa Civil de Bolsonaro. Em 2022 como irá se posicionar o deputado federal AJ Albuquerque; outro excorreligionário e amigo de Ciro Gomes, Domingos Filho, presidente do PSD, cujo o filho Domingos Neto é deputado federal pelo PSD, prestigiado por Cassab. Agora, devemos perguntar quem dá as cartas no financiamento das campanhas eleitorais? Sabemos que o financiamento de campanha tem, basicamente, três fontes: Fundo Eleitoral, lei 13.487/488 e Fundo Partidário lei 9.096/95 e as emendas parlamentar. A distribuição dos recursos dos fundos ficará a cargo da direção partidária; as emendas serão administradas por Ciro Nogueira/Bolsonaro. Portanto, o mimetismo político que Ciro Gomes alimentou até aqui, irá ser confrontado com as decisões dos antigos companheiros, em face de novos arranjos políticos que se lhes apresentam; como convencer excorreligionários a traírem suas atuais legendas e perderem a oportunidades de realizarem uma campanha, financeiramente, confortável; comofinanciar a campanha desses antigos aliados, com poucos recursos, caso continuem fiéis a Ciro Gomes. Tem ainda, algumas bombas a serem desarmadas, por exemplo, justificar para o eleitor a nomeação do primo do Senador Ciro Nogueira – Pi, a quem Ciro Gomes denuncia como corrupto, para a Secretaria de Desenvolvimento Econômico da prefeitura de Fortaleza. Ciro Gomes, padrinho e amigo do atual prefeito da capital cearense, não tem como justificar, ter como gestor de uma secretaria municipal um suspeito de integrar um “grupo que teria atuado no desvio de recursos destinado à construção de um hospital de campanha, prejuízo de 1,2 milhão de reais aos cofres públicos”. Esse Nogueira é tesoureiro do diretório cearense do Progressistas, coligado com o PDT de Ciro Gomes, no momento sob os holofotes do Ministério Público e na mira das algemas da Polícia Federal. Não há grandeza nesse tipo de quadro político, nem folhagem alguma que mimetize a conduta e a prática do Progressistas sob o comando de Ciro Nogueira, portanto são parcerias que não se justifica, sobretudo no Ceará, Estado em que Ciro Gomes se apoia para justificar seu discurso de vestal da moralidade administrativa e de político ficha limpa. Nesses casos, se as superstições políticas dos excorreligionários de Ciro Gomes aumentarem em relação a polarização Lula X Bolsonaro e o leitor cearense começar a questionar a vida proba de Ciro, sua eleição pode começar a melar no seu próprio território, o Ceará.
