Bolsonaro se deleitando na Granja do Torto, pensou: uma chácara pode progredir “até chegar a estado de sítio”. Daí começou a insuflar seu comandados:

Veja no que deu:
- o ex-presidente é colocado pela investigação como líder de uma organização criminosa que planejou um golpe de Estado para se manter no poder.
- O atual PGR encampou todos os pedidos feitos pela PF e que originaram a operação Tempus Veritati, deflagrada na quinta (8).
- Mauro Cid, agora delator, teve seu sigilo telemático quebrado, garantindo à PF acesso a conversas e informações sobre o dia a dia do governo e do próprio Bolsonaro.
- Anderson Torres, então ministro da Justiça, já era investigado. O general Augusto Heleno, à época chefe do Gabinete de Segurança Institucional, estava na mira por causa da atuação irregular da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), e os militares começaram a aparecer como os que levantaram as suspeitas contra as urnas.
- o inquérito das milícias digitais era o “principal anteparo contra possíveis investidas antidemocráticas dos apoiadores do presidente no ano eleitoral”.
- Esquema de planejamento do golpe de Estado tinha 6 núcleos, segundo a PF. 1.Núcleo de desinformação e ataques ao sistema eleitoral 2.Núcleo para incitar militares a aderirem ao golpe 3.Núcleo jurídico 4.Núcleo de apoio às ações golpistas 5.Núcleo de inteligência paralela 6.Núcleo de oficiais com influência e apoio a outros núcleos
Nesses núcleos estava o alto comando do processo golpista bolsonarista, generais, coronéis, advogados: Walter Braga Neto, Mauro Cid, Felipe Martins, Anderson Torres, Augusto Heleno, Estevam Theóphilo, Paulo Sérgio Nogueira, entre outros personagens de alto coturnos.