Os parlamentares teriam enviado emendas a Choró e a Canindé, municípios no centro das investigações
O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou, no dia 24 de junho, a abertura de investigação contra três outros nomes da bancada cearense no Congresso, em processo sobre desvio de emendas parlamentares no Ceará, após terem sido citados no caso. Além de Junior Mano (PSB), alvo de operação nesta terça-feira (8), a apuração da Polícia Federal (PF) chegou a Eunício Oliveira (MDB), Yuri do Paredão (MDB) e José Guimarães (PT), este líder do Governo Lula na Casa.
Enquanto o pessebista é apontado como “operador ativo da engrenagem criminosa”, os demais são citados por terceiros, sem apresentar diálogo ou contato direto com Bebeto Queiroz (PSB), prefeito cassado de Choró e suposto coordenador do esquema junto a empresas de fachada. Ele está foragido desde dezembro de 2024.
Por isso, o relatório da Polícia Federal citado pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, indicava a necessidade de uma apuração específica sobre os achados relacionados aos outros três deputados – e a Corte acatou.
Considerando as citações feitas aos nomes dos parlamentares, no curso das tratativas, e os valores mencionados, revela-se necessária a realização de diligências investigativas específicas, a fim de esclarecer o conteúdo, a veracidade e a finalidade dessas indicações, bem como eventual vinculação como esquema de desvio de recursos públicos sob apuração.
Polícia Federal (PF)
Relatório sobre desvio de emendas no Ceará
As informações foram extraídas da decisão revelada nesta terça-feira (8), assinada pelo magistrado, autorizando as diligências policiais no gabinete de Junior Mano e em endereços em cinco municípios cearenses. No mesmo documento, o STF abriu investigação sobre a participação dos outros deputados em esquema de desvio de emendas.
Fonte Diário do Nordeste