Quem são os empresários alvo da PF que receberam R$ 10 bi do Governo Federal

EMPRESÁRIO JUNQUEIRA da LCM CONSTRUÇÕES e o empresário Breno Chaves envolvidos na operação da PF Route 156, Breno é suplente do senador

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EMPRESÁRIO JUNQUEIRA da LCM CONSTRUÇÕES e o empresário Breno Chaves envolvidos na operação da PF Route 156, Breno é suplente do senador ALCOLUMBRE, presidente do senador

Empreiteiro presidente da LCM Construções ganhou espaço em licitações públicas após grandes empresas serem alvo da operação Lava Jato; “para os investigadores, o empresário Breno Chaves Pinto, 2º suplente de Alcolumbre no Senado, “se utilizava de sua proximidade com o senador para, a pretexto de influir em atos de agente público, obter vantagens indevidas, conduta que se amolda ao tipo penal de tráfico de influência” O suplente de Alcolumbre é ligado à empresa LB Construções, um das vencedoras da licitação da BR-156. Ele ainda tem contratos, por meio de outras empresas, com a Codevasf.

A residência de Junqueira, em Nova Lima (MG), também foi alvo de ação da PF, onde foram apreendidos 3 carros da marca Porsche.

Como mostrou a coluna, a empresa presidida por Junqueira acumula bilhões de reais recebidos pelo governo federal por meio de contratos. Desde 2014, ano da criação da empreiteira, até hoje, foram cerca de R$ 10 bilhões recebidos.

Parte desses valores veio de emendas parlamentares, verbas destinadas por deputados e senadores. Por meio desse mecanismo foram destinados à empresa cerca de R$ 418 milhões, dos quais R$ 71 milhões vieram do “orçamento secreto”, cuja destinação não tem transparência.

Segundo a decisão da Justiça Federal que autorizou as ações da PF na terça-feira (22/7), laudos periciais evidenciam a participação da empresa em pregões “com vícios insanáveis e comportamento atípico, com propostas com desconto nulo ou acima do preço de referência, simulando competição que jamais existiu”.

O documento ainda destaca que Junqueira teria “se beneficiado do direcionamento de licitações”, operando um suposto esquema de “lavagem de dinheiro por meio de saques fracionados e realizados por interpostas pessoas”. O total desses saques, diz a apuração, seria de R$ 680 mil.

Os altos montantes arrecadados pela empresa, inclusive por meio de contratos com o governo federal, guardam relação direta com a ascensão da operação Lava Jato.

Em 2014, a investigação começou a atingir uma série de grandes empreiteiras, que quebraram ou ficaram impedidas de fechar contratos com a administração pública. Nessa esteira, a LCM ganhou espaço em pregões e grandes licitações a nível federal.

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