A Câmara Municipal de Mauriti registra em ata muita participação não relevante das oposições em plenário.

Para conhecer os feitos de cada agente legislativo municipal, suas narrativas e posicionamento, com muita paciência, precisamos ler as atas das seções

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Para conhecer os feitos de cada agente legislativo municipal, suas narrativas e posicionamento, com muita paciência, precisamos ler as atas das seções ou ouvi-las através da internet; não resta dúvidas que é um esforço hercúleo, paciência e dedicação cidadã.

Antes, porém, vamos definir do ponto de vista da política e da ciências política o conceito de OPOSIÇÃO: em seu Dicionário de Política, um dos maiores cientista político da atualidade, Roberto Bobbio observa: “a oposição política (…) é a mais avançada e institucionalizada forma de conflito político”. Portanto, se não há questionamento dos atos de governo o plenário da câmara passa a ser apenas uma ação entre amigos, em que predomina a unanimidade das falas e confabulações. Nesse sentido, Bobbio arremata: “A oposição política se torna por isso, a instituição que coroa uma sociedade política plenamente institucionalizada”; continua “a oposição é formada por um grupo de ´políticos que representam uma posição diferente daquela do governo”. Considerando o que diz Bobbio, podemos assegurar que nossa oposição não atende, plenamente, seus eleitores ao tergiversar com narrativas conciliatórias em face das práticas e omissões do poder executivo. Ao fim e ao cabo é como disse o Senador Cid Gomes no plenário do senado: “partido de oposição tem o dever de fazer oposição”, isto é, questionar com rigor todos os atos do governo.

Ao examinarmos do ponto de vista de Bobbio, encontramos uma oposição pálida e conciliadora, padrão adotado em nossa câmara, desde o afastamento do ex-vereador Artálio Leite (1989-1992) e da ausência insubstituível da respeitada e aguerrida vereadora Dra. Evânia Cartaxo Lopes (2013-2016), como era conhecida e tratada pelos seus pares.

O vereador Iata Anderson tenta ser afirmativo em suas cobranças, faltando-lhe questionamento incisivo, contundência e conhecimento de causa. Contudo, é importante reconhecer que sua intervenção contra a suspenção da Licença Prêmio, ao ponto de contou com o apoio, explicitamente, dos vereadores da base do prefeito Virgínia Reis e de Horaciano Montenegro. O questionamento do vereador Iata Anderson gerou consequências: o Prefeito João Paulo recuo em seu intento, solicita a câmara a retirada de pauta do projeto de Licença Prêmio; por outro lado, lamentamos, mostrou o peleguismo do Sindicado do Servidores de Mauriti e seu silêncio durante os debates na câmara, promovido pelo vereador Iata.   

Quanto ao vereador Júnior Leopoldo, infelizmente, como opositor, seu desempenho está voltado mais para reivindicações de melhorias segundo o princípio da boa vizinhança, quando devia está centrado nos prejuízos que a ausência do poder público tem causado a sociedade ao deixa de atender várias carências do município.

Gostaria de finalizar adiantando a oportuna observação do vereador Iata ao chamar atenção do presidente da casa de que o vereador presidente construiu sua vida política participando do movimento sindical. Porém, quem ouviu a participação do vereador presidente via internet deve ter pensado: o vereador Roberto Simão vem de uma agremiação fundada em princípios que defendem os trabalhadores, isto é quando não for possível.

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