CIRO GOMES E SEUS “MUI AMIGOS”

O que tenciona, hoje, a relação entre Ciro Gomes, o irmão Cid (PDT) e Camilo Santana (PT), poderemos dizer que é um

COMPARTILHAR

O que tenciona, hoje, a relação entre Ciro Gomes, o irmão Cid (PDT) e Camilo Santana (PT), poderemos dizer que é um conflito político há muito anunciado; pois, enquanto Ciro se desdobrava para ascender à presidência da república, o jogo político no Ceará, às sombras, cristianizava sua candidatura a presidente. Tem a vercom o mimetismo partidário, as atitudes políticas camaleônicas, as mudanças seguidas de siglas partidárias, mesmo que isso tenha lhe rendido cargos importantes: pelas mãos de Tasso Jereissati (PSDB) foi prefeito e governador, e ministro pelo PT; além do mais,a volatilidade partidária lhe valeucríticas acirradas, de grande parte da sociedade cearense.Ao mudar de partido Ciro deixa para trás,a partir de premissas, talvez, pactuadas, correligionários,como um contraforte que lhe prestaria adjutóriono momento de suas candidaturas. Todavia, o que tem acontecidoé que seus excorreligionários se adaptam a nova agremiação política e a ela se apegam e pulam fora do guarda-chuva político cirista, passam, assim, a agir de moto próprio. Foi o que ocorreu com o vice de Cid, Domingos Filho (PSD), Camilo Santana (PT), Izolda Cela (ex-PDT), Evandro Leitão (um quase ex-PDT), entres outros que, simplesmente, declinaram da liderança de Ciro Gomes.

No atual cenário político em que acontece uma guerra intestina na cúpula pedetista, esperar o que, das futuras decisões políticas de Guilherme Landim, (atual líder da SIGLA na Assembleia),aousara tribuna, há poucos dias,disse para o colega Evandro leitão, sainte do PDT: “Quero me solidarizar com Vossa Excelência, por tudo que vem sofrendo ao longo de todo esse tempo e dizer da minha decepção com o partido” (PDT), disse. Landim afirmou estar “triste” e “incomodado” não apenas pela situação de Evandro Leitão no PDT, mas também sobre a forma como a Executiva Nacional tem tratado a presidência interina do senador Cid Gomes no diretório do Ceará” DN). É um recado duro da banda pedetista, aliada de Cid, a direção nacional do partido. Tudo isso, sinaliza uma debandada de pedetistas para uma sigla partidária que glorifique Cid Gomes e o deixe à vontade para se aliar ao PT cearense.

Quanto a Ciro, o Ceará desaprova seu temperamentoirascível, sua veemência tempestiva, todavia podemos dizer sobre Ciro Gomes, o que Breno Silveira escreveu no prefácio dos ANAIS, sobre TÁCITO, (historiador, orador e político romano): “como qualquer homem, TÁCITO, deve ter cometido erros e perpetrado contradições, e que, como todos os gênios, por vezes se deixou conduzir mais pelos impulsos pessoais do que pela sã razão”. Essa é, indiscutivelmente, uma descrição literal do político Ciro, que jamaiscomo gestor público se desviou dos deveres republicanos, ciente de suas obrigações, honrado em seus compromissos, um HOMEM PÚBLICO PROBO, em uma república de pandilheiros.

FRANCISCO CARTAXO MELO

Professor da UECE aposentado, Economista/Analista de Planejamento Seplag/Iplance aposentado, Consultor organizacional FLACSO (Faculdade Latino Americana de Ciências Sociais)

Tags relacionadas

Mais Lidas